quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Travel Journal - Peru #1


Vou mostrar um pouquinho do Travel Journal do Peru que comecei a fazer esses dias. A viagem foi em julho e além da falta de tempo, meu lado nada high-tech demorou muito pra editar as fotos do jeito que eu queria. Finalmente consegui revelar e reservar um tempinho pra começar a fazê-lo, mas eu estimo que ainda falta muito pra terminar por conta do tamanho, então vou mostrando aos poucos. Simplesmente não deu pra selecionar menos dessas fotos incríveis.


Escolhi o formato livro dessa vez para parecer mesmo com um livro antigo de um antropólogo descobridor. Segui mais ou menos a estética do Travel Journal da Rússia, usando papel craft e canetas preta e branca para as anotações. Como não sei qual tamanho ele vai ficar, estou fazendo com as folhas soltas. Quando tiver tudo pronto, vou costurar e montar uma capa dura com um tecido que comprei só pra isso. :) As principais diferenças são as dimensões do álbum e das fotos, o uso das cores (que não podia passar batido em um país tão colorido quanto o Peru) e uso de carimbos em papéis coloridos para fazer os títulos (no da Rússia usei stencil). Queria deixar esse o mais colorido possível, então estou pensando se vou usar tinta para algumas decorações (me sugeriram a Posca colorida, mas tem o cu$to né...). Ou deixar simples pras cores das fotos falarem por si, talvez?


Essa foi a parte complicada. Fiz montagens de duas fotos em uma de tamanho tradicional (10x15) e demorei MUITO pra fazer isso. Não só pela quantidade, mas pela ignorância mesmo. Não sei manusear programas de edição de fotos direito. A Beebs me ajudou e acabei tendo tanta raiva do processo que fiz no powerpoint, o que tirou um pouco da qualidade das fotos no fim das contas. Estou tentando não pirar com isso.


Usei o cortador de cantoneira para arredondar as bordas (foi a primeira coisa sobre estética que me veio na cabeça, me lembra fotos antigas). Abaixo seguem algumas das primeiras páginas que fiz (algumas incompletas) pra ter uma idéia:




Estou tentando de verdade me superar em cada Travel Journal que faço, pensando em técnicas e estéticas diferentes. Esse não é um modelo de diário como o de Cancun e o da Argentina, tem apenas alguns comentários engraçadinhos e as informações históricas que eu gosto tanto de estudar (a civilização Inca é a minha preferida e acabei pegando gosto pelas outras civilizações peruanas também). Deixo aqui alguns links dos outros journals pra quem quiser ver. Folhear eles em um vídeo está nos meus planos, só preciso de um tripé hehe. See ya!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Você conhece a Sarah Andersen?

Se você não conhece o trabalho da Sarah Andersen, prepare-se para dar boas risadas. "Sarah é uma cartunista e ilustradora americana de 23 anos. Formou-se na Maryland Institute College em 2014 e hoje mora no Brooklyn. Seus quadrinhos são semi-autobiográficos e contam suas aventuras, de seus amigos e amados bichinhos de estimação." (Site da autora). Pra mim, o que faz de seus quadrinhos extremamente originais são as temáticas: relacionamentos, (falta de) adaptação a estereótipos diversos (de gênero, de trabalho, etc), questões da juventude e paradoxos da adultície, gostos, características de personalidade, comportamentos do dia-a-dia, pressões sociais, etc. Eu me identifico enormemente com o conteúdo de praticamente todos os quadrinhos. Ela tem coragem de tratar de temas e sentimentos pouco convencionais, quebrando paradigmas, de forma extremamente simples.








Já estou louca pra comprar o livro dela. Não chego a ser uma colecionadora de quadrinhos, mas tenho comigo alguns dos meus preferidos: Garfield, Calvin e Haroldo e Mutts. Se você está se coçando para continuar lendo os quadrinhos dela, pode curtir sua página no facebook.
Aqui está o site dela e seu trabalho de ilustração.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Murderer: Sobre meu não-dedo-verde e frustrações

Você sabe o que é um dedo verde? É quando aquela pessoa, mortal e miserável como você, inventa de cultivar uma plantinha. Ela vira pra você e diz "É tão bom ter plantinha, vou ter uma plantinha". E aí ela toca na plantinha e a bendita cresce reluzente, cabeluda, brotam flores coloridas, perfumadas e transformam a casa da pessoa em um jardim secreto das fadas. Isso nunca aconteceu comigo. Comecei a ter experiência com plantas na segunda série, época de plantar feijão no algodãozinho. Eu morava em apartamento e esperava ansiosamente que o grãozinho se rompesse. Quando isso acontecia, eram pulos de alegria. E o miserável danava a crescer, até tombar e aparentemente perder a graça. Renegada, a natureza se voltou contra mim. E como a inocência da infância, meu dedo verde foi apodrecendo até cair.

Já na adolescência de época bruxesca, tentei retomar o cultivo das plantas. Meu alvo sempre foram os temperos/ ervas medicinais. Eu não cozinhava nessa época, mas queria tê-las just because. Conforme fui crescendo e adquirindo gosto pela culinária, tentei cultivá-las várias vezes. Foram inúmeras tentativas e todas culminaram para um só destino: a morte. Vira e mexe vejo tutoriais de como ter pequenas e lindas hortinhas em apartamentos. A maioria deles, inúteis. Eles dizem o óbvio que todo mundo já sabe, tipo "Alô, você precisa de planta, terra, vaso e água" e boa parte da matéria se volta para a profundidade do vaso que se deve usar e como integrá-lo à decoração da sua casa (não que seja irrelevante). Vide este, este, este e este. Ou ainda esta incrível promessa de nunca mais precisar ir ao supermercado para comprar hortaliças. Eu vou dizer uma coisa pra vocês, salafrários. A vida não é cor de rosa.



Vou lhe dizer que as plantas são complicadas. Você acha que é só dar uma molhadinha aqui, outra acolá e vai ser tudo lindo, mas não é. Cada planta prefere uma incidência de sol diferente, em diferentes momentos do dia. Umas, gostam de sol pra caramba, outras preferem iluminação indireta. Algumas precisam de água para todo o sempre, outras são mais equilibradas e outras ainda, necessitam muito pouco (disse a pessoa que mata cactus). Algumas precisam ser adubadas com mais frequência, outras preferem solo mais arenoso. Algumas podem ser cortadas para uso em qualquer parte de seu comprimento, outras precisam ser cortadas na raiz e outras, no topo. E ainda há o agravante de morar em Brasília (seca= umidade 14% = deserto do Saara). Dá vontade de sentar com todas as minhas mudas e fazer uma sessão terapêutica: "Estamos aqui reunidas porque percebo que vocês têm necessidades distintas e que não estão conseguindo comunicá-las. A comunicação é uma parte muito importante de um relacionamento. Permite que questões sejam esclarecidas e acordos combinados para o bom desenvolvimento da relação. Por exemplo, quem aqui gosta de sol, por favor levante a mão?". E nada acontece. A última vez que comprei e plantei mudas (caras), estava tudo dando mais ou menos certo até eu viajar pro Peru e meu irmão se esquecer de regá-las. Quando voltei, estavam... snif... mortas.

Tudo isso porque ainda não desisti, mas primeiro preciso fazer meu próprio dedo verde rebrotar. Estou bem ausente no blog porque é um momento bem complicado da minha vida (não pelas plantas). Estão acontecendo muitas mudanças e estou cheia de compromissos acadêmicos. Preciso encontrar um apartamento e ver se conseguirei retomar a idéia de mini horta porque dependendo do lugar, os sonhos serão frustrados. Até então, para não dizer que desisti totalmente, envasei essas mini suculentas que sobraram de lembrança do casamento da minha mãe (vide post anterior). Depois de ver este vídeo do Dulce Delight, vou tentar a técnica do dedômetro e conto o resultado depois. Veja que o vídeo é intitulado "Assassinos de manjericão".