domingo, 1 de fevereiro de 2015

Um mês pra sair da rotina


Esse mês foi o mais estressante e atípico da minha vida. Assim que me formei, engatei em uma rotina de estudos que começou no Natal e talvez tenha acabado de acabar. Nunca estudei e me estressei tanto. Ao longo de janeiro, participei de 3 processos seletivos que envolviam provas (alguma coisa como concurso), que tinha muitos inscritos e poucas vagas. No primeiro, de cara não passei. Aguardo o resultado do segundo e terceiro, em que passei na primeira etapa, em ambas as provas, e estou competindo com 22 pessoas por duas vagas. É bem difícil. Tenho certeza da escolha profissional que fiz e também de que o caminho não vai ser nada fácil. Me entreguei de corpo e alma nesse processo e estou extremamente desgastada emocionalmente. Saí pra fazer uma das provas na segunda feira, em outra cidade, com apenas uma muda de roupa porque achava que estaria em casa no outro dia. Porém, o resultado da prova saiu bem rápido anunciando minha aprovação e tive que ficar uma semana com aquela muda de roupa. Precisei lavar a roupa nos hotéis em que fiquei, pendurando calcinhas no banheiro e me virando com o que tinha. Nessa semana, viajei para outra cidade para fazer outra prova. Voltei para a primeira cidade para fazer uma entrevista (precisei comprar roupa para entrevista no shopping), segui para a outra cidade para fazer outra entrevista. No meio tempo, tive que reunir às pressas cópias de certificados, currículos, etc. Comi comida de hotel, comi muito sanduíche, tive insônia o mês inteiro e posso dizer que meu rosto poderia sair no cartaz de um próximo longa intitulado "50 tons de olheiras". Tudo isso por 2 vagas que nem sei se vou conseguir. Pode ser que todo o meu esforço tenha sido em vão. Aprendi a me virar, encontrei uma coragem que achei que tivesse perdido (ou talvez nunca tenha tido) e percebi que tenho determinação e capacidade. Mesmo que nada dê certo (esse é só um modo de ver) e eu não consiga nenhuma das vagas, vai ser um ano bem exaustivo. Só preciso do próximo sinal verde para planejar meu ano e entrar de cabeça. Vou dizer também que foi um mês (quase) nada artístico e que isso ajudou muito no estresse. Quando acontecer de novo, vou me planejar melhor para usar a arte como um mecanismo de escape mais eficaz, que eu sei que é. Já dormi o que precisava e chorei um bocado pra aliviar a tensão também. Estou com a consciência tranquila de que fiz o meu melhor e que vou saber tirar proveito do que o destino reservar pra mim. Quanto a isso, só posso ser grata.