terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Consumo e roupas

Draw something
Sew something
Cook something
Sing something
Build something
Make something
Buy nothing

Vejo tantos blogs que fazem sucesso com puro consumismo, que isso me incomodou a ponto de falar sobre o assunto. Vejo tanta gente de sucesso vendendo o slogan de "quanto mais, melhor" que isso me assusta. E não é só com roupas, também maquiagem, livros, utensílios, objetos de decoração e até brinquedos. Encontrei pouquíssimas pessoas indo na direção oposta, a direção em que eu quero estar. Hoje eu queria falar sobre consumo. A intenção não é de posar de rainha da ecologia, só repensar um pouquinho as minhas práticas. Quero consumir menos e melhor, reutilizando. No começo do ano, precisei fazer uma viagem e como fiquei mais tempo que o previsto (e não estava preparada pra uma entrevista, que veio de surpresa), fui ao shopping da cidade e comprei algumas peças:
  • ·       Uma calça jegging vinho
  • ·       Uma blusa de botões preta
  • ·       Um sapatênis bege
  • ·       Uma bolsa de couro ecológico (70% de desconto – ótimo pra não ir pra entrevista de mochila)
  • ·       Um colar (em promoção por 12,99)
  • ·       Uma pulseira verde marca-texto que depois pintei de preto com esmalte e ficou ó (em promoção por 3,99)

O que sucedeu neste ano foi um interesse meu inesperado por moda. Quando eu era criança, pensei que quando eu fosse adulta, seria obrigada a usar salto alto e fazer as unhas toda a semana (coisas que nunca gostei) e me batia uma tristeza. Juro que só há pouco tempo eu decidi que não precisava ser assim. Tirando algumas ocasiões muito específicas, me toquei que não precisaria abrir mão do meu jeito de me vestir e do meu jeito de ser para agradar quem quer que seja. Nunca fui ligada em moda. Só comecei a me preocupar mais com isso conforme fui entrando no mercado de trabalho e indo para alguns eventos mais formais. Passei um ano e meio indo ao trabalho de sapatilha e mesmo passados dois anos dessa época, ainda tenho cicatrizes nos meus calcanhares. Não quero isso pra mim. Descobri o sapatinho Oxford, que me salva de ter que usar sapatilha na maioria das ocasiões. Felizmente consegui um trabalho em que podia trabalhar de tênis (embora algumas das minhas colegas não o fizessem) e mochila. Esse ano pensei em comprar uma mochila nova, aproveitando que a minha, que resistiu bravos 10 anos, teve um problema no zíper. Fiquei namorando modelos de couro falso e pensando que ficaria mais formal e me daria mais credibilidade. Desisti. Quer saber? Eu tenho uma mochila. E é uma excelente mochila. Só preciso trocar esse zíper. Vejo a maioria das minhas colegas de profissão em conjuntinhos de calça social e bolsa de marca, mas tive a alegria de ver algumas poucas com o estilo mais despojado e sem enfrentar grandes preconceitos por conta disso. Ahhh, me assumi. Não vou entrar nesse jogo que nunca participei mesmo.

Teoria Criativa

Conheci o blog da Gabi, o TeoriaCriativa, e estou acompanhando desde então sua proposta de armário cápsula (para saber mais, clique aqui). Resumindo, faça uma limpa de coisas que você não usa mais pra passar pra frente, escolha 30 peças do seu guarda roupas para compor uma estação, use combinações entre estas peças de roupas e não compre nada (algumas exceções). A intenção é conhecer melhor você, seu estilo e desenvolver a criatividade. Achei mesmo incrível esse jeito de pensar. Ainda mais porque a Gabi tem um estilo minimalista, que descobri ser meu estilo também (apesar de chamar o meu de mulamba street comfortable). Namorando as roupas que ela usava, decidi fazer uma lista de peças para comprar:
  • ·         Bota marrom (faz bem uns 3 anos que estou querendo)*
  • ·         Cropped larguinho listrado*
  • ·         Saia preta de lycra (faz 2 anos que estou querendo)
  • ·         Blusa listrada (tenho uma, mas já está cheia de bolinhas)*
  • ·         Short preto de cintura alta (para substituir o meu que é de malha e está desbotado)
  • ·         Blusa larguinha cinza*
  • ·         Top preto pra usar em casa (esses da adolescência já eram né?)
  • ·         Bolsa preta média pra sair*

Fiz essa lista pra ver quanto tempo demoraria pra eu mudar de idéia e não querer mais nada daquilo. Pensei que as coisas eram “fogo de palha” e decidi que não compraria nada, só observaria minha evolução. Como a coisa ficou mesmo permanente depois de uns meses, nada entrou e nada saiu, comprei algumas peças (marquei com *) e nem foi tudo (substituí a bota por um tênis e o cropped listrado por um preto, mas ainda quero o listrado). Total de compras do ano: bem pouco e nem foi tudo. Algumas pessoas podem dizer NOOOOSSA, mas pra mim isso é natural. Não é diferente dos outros anos porque dirijo meu consumismo pra coisas de arte (alô canetas e pincéis) e esse é o próximo âmbito para mudar. Não foi difícil, nem um pouco. De quebra tentei me obrigar a pensar combinações novas pras roupas que sempre usei e essa é a parte mais legal. Eu tenho a mania de usar determinadas roupas combinadas e não sair daquilo, a mesma blusa com a mesma calça, o mesmo vestido com a mesma sandália e quis quebrar esse ciclo. Claro que pra mim é difícil porque gostar mesmo de moda eu não gosto não, mas é legal ter a impressão de estar com roupa nova, basta ser criativo. E também me obriga a sair da rotina uniforme (juro que passava o mês alternando entre 5 blusas e 2 calças, mas não de um jeito legal e inovador, mas repetitivo e sem graça).

Buzzfeed
Agora no fim do ano, tive mais um tempinho pra separar aquilo que não uso pra passar pra frente e vou te dizer: muita coisa nova, muita coisa seminova e no geral muita coisa de muita coisa. Com os sapatos e bolsas, enchi 3 sacos. Minhas gavetas estão quase vazias, o que é ótimo porque vou me mudar e passarei a ter um armário bem menor. A próxima meta pra 2016 é reformar algumas peças que separei e precisam de alguns ajustes e outras que enjoei e quero dar outra cara (como tirar todas as mangas das minhas blusas sociais porque sou calorenta, transformar aquele vestido florido que já cansei de usar em uma saia e blusinha cropped pra usar com jeans). Tenho um tênis bem desbotado que cairia bem com uma mão de tinta, outro que está quase novo mas que precisa de uma nova sola, uma sandália que já deu mas que dá pra customizar colando franjas de camurça e o novo hobby que entrou na minha vida e será divulgado em breve: bordado.


E você? O que quer em termos de consumo pra 2016?

domingo, 13 de dezembro de 2015

Travel Journal - Peru #2





Segue mais algumas fotos do Travel Journal do Peru, as últimas que colocarei da cidade de Lima. Achei que ia ficar cansativo mostrar uma por uma, então preferi fazer assim até que o caderno fique pronto, aí eu gravo um vídeo pra mostrar tudo ok? Esse álbum é muito grande e eu estou quase na metade ainda. Fiquei super feliz que algumas imagens do blog estão sendo compartilhadas no Pinterest, em especial as de Travel Journal. :D Que orgulhinho!

See ya ;)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Um presentinho original - Kit de Nebulosas!


Fiz este presente para uma amiga querida que também gosta de astrologia e trabalhos manuais. A gente já tinha combinado de fazer garrafinhas nebulosas algumas vezes em vão, então vi o aniversário dela como oportunidade de presenteá-la com o tema. Comprei os materiais e coloquei nesta caixinha, com uma pequena aquarela. Foram eles: Vidrinhos de plástico, anilinas coloridas, purpurinas, palito, algodão e algumas tags para ela presentear outras pessoas. Achei legal isso, um presente para presentear. Parece que faz uma corrente de carinho né?






Esqueci de fotografar a aquarela que fiz do rosto dela, droga. Mas ficou bem legal, acredite.
É isso aí! :)


sábado, 10 de outubro de 2015

Lettering - Caligrafia

Já faz alguns anos que eu coleciono fontes diversas em retalhos de papel pra ajudar a ilustrar meus travel journals. Sempre que vejo uma fonte legal na internet, copio para esse pedaço de papel e vou carregando ele por aí, pro caso de precisar copiar do gabarito. Depois que peguei emprestado o livro de Caligrafia e as canetas próprias, comecei a pesquisar um pouco sobre as diferentes formas de produzir letras. Claro que ainda sou iniciante e não pratico muito (correria), mas vou continuar investindo nesse aprendizado. Hoje vou mostrar um pouco do que consegui reunir no meu sketch e os materiais que usei para fazer cada coisa.



Essa página na verdade tem um monte de estilos diferentes. Geralmente uso canetas hidrográficas para fazê-los, que é uma boa alternativa de preço ao caríssimo mundo da caligrafia. A exceção é o "brush", feito em aquarela e pincel (tem mais aqui). Esse foi um jeito que eu encontrei de enfeitar os meus desenhos, como esse exemplo com pássaros. Essas são as fontes que eu mais tenho usado nos travel journals.







Essas são canetas próprias para caligrafia que eu peguei emprestado junto com esse livro. Passei todas as fontes diferentes do livro pro meu sketch, para devolver (juro que vou) e continuar treinando com base no gabarito. Essas canetas são bem mais caras (entre 25 e 30 reais cada).




Essas letras foram feitas com bico de pena, depois de muito apanhar pra aprender a usar (você pode conhecê-los aqui). Claro que alguns bicos são melhores que outros e a gente acaba tendo alguns preferidos. O suporte eu não me lembro bem quanto custa, acho que em torno de 10 reais. Os bicos, no Brasil, custam em torno de 7 reais. Eu tive a sorte de comprar os meus na Argentina, então gastei em torno de 20 centavos cada, em uma feira de antiguidades.

Meu sonho é que depois de muito treinar, eu tenha incorporado grande parte desses estilos e consiga fazê-los de cabeça, com um traço único fluido e firme. E que aprenda a fazer arabescos também, pra não passar essa vergonha aí.

domingo, 4 de outubro de 2015

O Planner que salva vidas



Para aquelas pessoas que não se satisfazem com agendas e querem coisas práticas, leves e funcionais. Um belo dia, Beebs fez esse planner incrível com as cores do blog e os direitos do Two Bee. Claro que eu babei e ela gentilmente me passou o arquivo para imprimir. Fiz a capa do planner cuspido e escarrado igual ao dela e comecei a usar. Em pouquíssimo tempo, em todos os lugares em que eu o tirava da bolsa, as pessoas falavam "Nossa, que lindo!! Onde vc comprou??" e eu dizia que ela tinha feito e ia disponibilizar no blog para quem quisesse baixar! Eu acho que a melhor parte dele é realemente ser leve. Ele cabe em qualquer lugar e não tem um monte de páginas inúteis como os planners comuns. Eu consigo reunir todas as informações que preciso sem sobrar nem faltar espaço, ainda mais nessa época da minha vida em que não tenho nenhuma rotina. Você pode anotar os textos que precisa ler, provas, consultas... tudo! Recebi incontáveis elogios e esperas ansiosas de quem também queria ter um planner como esse e algum tempo depois, tcharam! Agora todo mundo pode baixar! Deixe ele mudar a sua vida também!! :D

É só clicar nesse link!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Travel Journal - Peru #1


Vou mostrar um pouquinho do Travel Journal do Peru que comecei a fazer esses dias. A viagem foi em julho e além da falta de tempo, meu lado nada high-tech demorou muito pra editar as fotos do jeito que eu queria. Finalmente consegui revelar e reservar um tempinho pra começar a fazê-lo, mas eu estimo que ainda falta muito pra terminar por conta do tamanho, então vou mostrando aos poucos. Simplesmente não deu pra selecionar menos dessas fotos incríveis.


Escolhi o formato livro dessa vez para parecer mesmo com um livro antigo de um antropólogo descobridor. Segui mais ou menos a estética do Travel Journal da Rússia, usando papel craft e canetas preta e branca para as anotações. Como não sei qual tamanho ele vai ficar, estou fazendo com as folhas soltas. Quando tiver tudo pronto, vou costurar e montar uma capa dura com um tecido que comprei só pra isso. :) As principais diferenças são as dimensões do álbum e das fotos, o uso das cores (que não podia passar batido em um país tão colorido quanto o Peru) e uso de carimbos em papéis coloridos para fazer os títulos (no da Rússia usei stencil). Queria deixar esse o mais colorido possível, então estou pensando se vou usar tinta para algumas decorações (me sugeriram a Posca colorida, mas tem o cu$to né...). Ou deixar simples pras cores das fotos falarem por si, talvez?


Essa foi a parte complicada. Fiz montagens de duas fotos em uma de tamanho tradicional (10x15) e demorei MUITO pra fazer isso. Não só pela quantidade, mas pela ignorância mesmo. Não sei manusear programas de edição de fotos direito. A Beebs me ajudou e acabei tendo tanta raiva do processo que fiz no powerpoint, o que tirou um pouco da qualidade das fotos no fim das contas. Estou tentando não pirar com isso.


Usei o cortador de cantoneira para arredondar as bordas (foi a primeira coisa sobre estética que me veio na cabeça, me lembra fotos antigas). Abaixo seguem algumas das primeiras páginas que fiz (algumas incompletas) pra ter uma idéia:




Estou tentando de verdade me superar em cada Travel Journal que faço, pensando em técnicas e estéticas diferentes. Esse não é um modelo de diário como o de Cancun e o da Argentina, tem apenas alguns comentários engraçadinhos e as informações históricas que eu gosto tanto de estudar (a civilização Inca é a minha preferida e acabei pegando gosto pelas outras civilizações peruanas também). Deixo aqui alguns links dos outros journals pra quem quiser ver. Folhear eles em um vídeo está nos meus planos, só preciso de um tripé hehe. See ya!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Você conhece a Sarah Andersen?

Se você não conhece o trabalho da Sarah Andersen, prepare-se para dar boas risadas. "Sarah é uma cartunista e ilustradora americana de 23 anos. Formou-se na Maryland Institute College em 2014 e hoje mora no Brooklyn. Seus quadrinhos são semi-autobiográficos e contam suas aventuras, de seus amigos e amados bichinhos de estimação." (Site da autora). Pra mim, o que faz de seus quadrinhos extremamente originais são as temáticas: relacionamentos, (falta de) adaptação a estereótipos diversos (de gênero, de trabalho, etc), questões da juventude e paradoxos da adultície, gostos, características de personalidade, comportamentos do dia-a-dia, pressões sociais, etc. Eu me identifico enormemente com o conteúdo de praticamente todos os quadrinhos. Ela tem coragem de tratar de temas e sentimentos pouco convencionais, quebrando paradigmas, de forma extremamente simples.








Já estou louca pra comprar o livro dela. Não chego a ser uma colecionadora de quadrinhos, mas tenho comigo alguns dos meus preferidos: Garfield, Calvin e Haroldo e Mutts. Se você está se coçando para continuar lendo os quadrinhos dela, pode curtir sua página no facebook.
Aqui está o site dela e seu trabalho de ilustração.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Murderer: Sobre meu não-dedo-verde e frustrações

Você sabe o que é um dedo verde? É quando aquela pessoa, mortal e miserável como você, inventa de cultivar uma plantinha. Ela vira pra você e diz "É tão bom ter plantinha, vou ter uma plantinha". E aí ela toca na plantinha e a bendita cresce reluzente, cabeluda, brotam flores coloridas, perfumadas e transformam a casa da pessoa em um jardim secreto das fadas. Isso nunca aconteceu comigo. Comecei a ter experiência com plantas na segunda série, época de plantar feijão no algodãozinho. Eu morava em apartamento e esperava ansiosamente que o grãozinho se rompesse. Quando isso acontecia, eram pulos de alegria. E o miserável danava a crescer, até tombar e aparentemente perder a graça. Renegada, a natureza se voltou contra mim. E como a inocência da infância, meu dedo verde foi apodrecendo até cair.

Já na adolescência de época bruxesca, tentei retomar o cultivo das plantas. Meu alvo sempre foram os temperos/ ervas medicinais. Eu não cozinhava nessa época, mas queria tê-las just because. Conforme fui crescendo e adquirindo gosto pela culinária, tentei cultivá-las várias vezes. Foram inúmeras tentativas e todas culminaram para um só destino: a morte. Vira e mexe vejo tutoriais de como ter pequenas e lindas hortinhas em apartamentos. A maioria deles, inúteis. Eles dizem o óbvio que todo mundo já sabe, tipo "Alô, você precisa de planta, terra, vaso e água" e boa parte da matéria se volta para a profundidade do vaso que se deve usar e como integrá-lo à decoração da sua casa (não que seja irrelevante). Vide este, este, este e este. Ou ainda esta incrível promessa de nunca mais precisar ir ao supermercado para comprar hortaliças. Eu vou dizer uma coisa pra vocês, salafrários. A vida não é cor de rosa.



Vou lhe dizer que as plantas são complicadas. Você acha que é só dar uma molhadinha aqui, outra acolá e vai ser tudo lindo, mas não é. Cada planta prefere uma incidência de sol diferente, em diferentes momentos do dia. Umas, gostam de sol pra caramba, outras preferem iluminação indireta. Algumas precisam de água para todo o sempre, outras são mais equilibradas e outras ainda, necessitam muito pouco (disse a pessoa que mata cactus). Algumas precisam ser adubadas com mais frequência, outras preferem solo mais arenoso. Algumas podem ser cortadas para uso em qualquer parte de seu comprimento, outras precisam ser cortadas na raiz e outras, no topo. E ainda há o agravante de morar em Brasília (seca= umidade 14% = deserto do Saara). Dá vontade de sentar com todas as minhas mudas e fazer uma sessão terapêutica: "Estamos aqui reunidas porque percebo que vocês têm necessidades distintas e que não estão conseguindo comunicá-las. A comunicação é uma parte muito importante de um relacionamento. Permite que questões sejam esclarecidas e acordos combinados para o bom desenvolvimento da relação. Por exemplo, quem aqui gosta de sol, por favor levante a mão?". E nada acontece. A última vez que comprei e plantei mudas (caras), estava tudo dando mais ou menos certo até eu viajar pro Peru e meu irmão se esquecer de regá-las. Quando voltei, estavam... snif... mortas.

Tudo isso porque ainda não desisti, mas primeiro preciso fazer meu próprio dedo verde rebrotar. Estou bem ausente no blog porque é um momento bem complicado da minha vida (não pelas plantas). Estão acontecendo muitas mudanças e estou cheia de compromissos acadêmicos. Preciso encontrar um apartamento e ver se conseguirei retomar a idéia de mini horta porque dependendo do lugar, os sonhos serão frustrados. Até então, para não dizer que desisti totalmente, envasei essas mini suculentas que sobraram de lembrança do casamento da minha mãe (vide post anterior). Depois de ver este vídeo do Dulce Delight, vou tentar a técnica do dedômetro e conto o resultado depois. Veja que o vídeo é intitulado "Assassinos de manjericão".

sábado, 15 de agosto de 2015

Handmade: casamento feito à mão!

Semana passada minha mãe se casou no interior de São Paulo, no condomínio onde ela e o esposo vão morar. Ela pediu minha ajuda na decoração da festa e conseguimos fazer um casamento totalmente feito à mão (com bastante ajuda, claro!). O espaço foi a área de convivência do próprio condomínio, onde fizemos um churrasco. Meu tio tirou as fotos! Mostro aqui um pouquinho de como foi:



Improvisamos um altar no terraço da churrasqueira. Minha mãe alugou as cadeiras, a mesa é do próprio espaço. Colocamos esses caixotes, que estão presentes em toda a decoração (minha mãe já tinha), e garrafinhas de vidro (amarramos fitinhas de renda) com flores dentro. Um pequeno bloco de madeira serviu de suporte para as alianças e minha mãe jogou colares de pérolas (falsas mesmo) para terminar de decorar, com cartões de "obrigado" (não sei de onde ela tirou, hehe). Não dá pra ver, mas sobre as cadeiras do meio colocamos saquinhos com arroz para os convidados jogarem nos noivos.


Um pouco fora de foco aqui...


Esse suporte de madeira é da própria administração do condomínio. Minha mãe quis dar cactus e suculentas como lembrancinha para os convidados e fez essa disposição fofinha. Eles estão em pequenos copinhos de vidro amarrados com fitinhas de renda (um rolo rende muito!).


Minha mãe pegou uma mesa emprestada na administração para fazer a mesa do café. Colocou uma toalha branca e esses suportes de MDF pintados (ela já tinha). Só colocar as xicarinhas em cima e uma garrafa térmica com café.




As mesas de refeição também já eram do espaço. Ela colocou as taças, pratos e talheres sobre jogos americanos da 25 de março, bem simples. Em cima, por toda a parte, os clássicos pompons de papel de seda que uso em todas as minhas decorações de festa (basta dobrar 10 folhas de papel de seda juntas em formato de sanfona, amarrar no meio e abrir as folhas em forma de círculo). Também tem bandeirinhas feitas com papel rendado e papel pardo, que estou reutilizando em festas há mais de um ano (hehe). As flores brancas são hortênsias que compramos em uma floricultura. Colocamos nesses baldes de alumínio (aquisição da 25 de março, 15 reais cada). Nas mesas, deixamos no próprio vaso que elas vêm, mas amarrados com um pedaço de juta e renda. Mais uma vez, os suportes da mesa são bandejas de MDF pintadas de branco, que mainha já tinha. 



Alguns enfeitinhos em cima dos doces, duas gaiolinhas de metal e as letras M & M em MDF para decorar (ainda acho que ela tinha que ter sido patrocinada pela marca M&M com aqueles tonéis imensos de confetes de chocolate para os convidados se servirem).


Os noivinhos eu fiz em biscuit, foi surpresa pra mainha. Dois passarinhos, ele com terninho e ela com o véu, um pedacinho de tule que não dá pra ver na foto, e rosinhas na cabeça, idéia que copiei da Beebs aqui.


Na entrada, caixotes com flores, um recadinho em quadro de giz de criança (menos de 5 reais) e esse quadro grande com a fotografia dos dois (eles já tinham).


É isso aí! :) Espero que tenha servido de inspiração para casamentos mais em conta Brasil a fora (na verdade esse é meu tipo preferido de casamento!).

Bye ;)

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Peru - Lima: um pouquinho do que vivi.


Lima - Peru


Alpaca sonhadora




Esse não é bem um blog turístico, mas talvez algumas informações possam ser úteis a quem vai visitar o Peru nessa época. A primeira coisa que foi um choque de realidade sobre ler dicas em blogs e vivenciar a experiência lá é estar atento à época em que as pessoas escrevem as coisas. Veja, se você quiser visitar o Peru esse ano, acho que não te aconselharia. Querendo ou não, estamos em uma época de crise e o quesito dinheiro me pegou de surpresa quando fui pra lá. Essa viagem foi bem por acaso. Na verdade, aproveitamos um Congresso que aconteceu por lá para emendar com férias. O problema é que nossa economia vai bem mal e o real e o nuevo sol estão em uma proporção de 1 pra 1. A maioria dos blogs que eu li ressaltava como era barato fazer turismo no Peru. Não é, estava sendo e não está mais. Os maiores gastos com a viagem foram alimentação e transporte. Foi alegado que conseguiríamos fazer refeições por uma média de 10 soles e que o táxi era extremamente barato. Ledo engano. Claro que dá pra comer por 10 soles: pão com manteiga. Uma refeição decente, com proteína, carboidrato e acompanhamento não saía por menos de 20 soles. Claro que se você achar tranquilo comer sanduíche todo dia, pode se jogar. O táxi também não era tão barato quanto parecia. Certamente é bem mais barato do que no Brasil, mas ao turistar grandes cidades você simplesmente não precisa de táxi. Cidades mais bem estruturadas do que Lima e Brasília contam com uma boa rede de metrô ou ônibus e isso é muito mais barato que táxi, veja bem. Gastávamos cerca de 40 soles (dividido por 2 pessoas) para ir e voltar para o Congresso todos os dias. Não nos arrependemos da escolha da localização do Hostel, que era em um lugar bonito, seguro, movimentado, em frente a um parque com atrações gratuitas de cultura nos fins de semana (e MUITOS gatos), com banco, supermercado e shopping próximos, bem como grande variedade de locais para comer (coisa que não vimos perto da Universidade). Algumas peças de artesanato eram baratas, outras não, com livre concorrência (atenção que os vendedores peruanos aceitam conversar sobre pechinchas). Lima é linda e estranha ao mesmo tempo. É uma cidade litorânea cinza, porém, quase nunca chove. Pegamos temperaturas em torno dos 10 graus e conseguimos bons casacos (que nos salvaram em Cusco) em liquidações de grandes lojas de departamentos. A comida peruana é deliciosa mas o fator econômico me impediu de experimentar muito (pobre de mim, achando que ia conseguir ir no quarto melhor restaurante do mundo que fica lá, o Central). Há várias atividades para fazer em Lima, um turismo bem interessante. Poupamos um pouco aí para gastar em Cusco, então só andamos pelos bairros de Miraflores e Barranco e conhecemos o complexo arqueológico mais famoso, o Huaca Pucllana (foto com cactus). De maneira geral, achei as cidades de Lima e Cusco muito limpas e nos locais que visitávamos, tinha sempre policiamento de ronda. Os peruanos são bem simpáticos e muito dispostos a ajudar. A curiosidade deles sobre nossa vida brasileira causou estranhamento no começo, um pouco de medo, mas parece ser só o jeito deles de se mostrar presente mesmo. Os locais mais turísticos são muito floridos e claro, as lhamas são incríveis.