quarta-feira, 29 de julho de 2015

Peru - Lima: um pouquinho do que vivi.


Lima - Peru


Alpaca sonhadora




Esse não é bem um blog turístico, mas talvez algumas informações possam ser úteis a quem vai visitar o Peru nessa época. A primeira coisa que foi um choque de realidade sobre ler dicas em blogs e vivenciar a experiência lá é estar atento à época em que as pessoas escrevem as coisas. Veja, se você quiser visitar o Peru esse ano, acho que não te aconselharia. Querendo ou não, estamos em uma época de crise e o quesito dinheiro me pegou de surpresa quando fui pra lá. Essa viagem foi bem por acaso. Na verdade, aproveitamos um Congresso que aconteceu por lá para emendar com férias. O problema é que nossa economia vai bem mal e o real e o nuevo sol estão em uma proporção de 1 pra 1. A maioria dos blogs que eu li ressaltava como era barato fazer turismo no Peru. Não é, estava sendo e não está mais. Os maiores gastos com a viagem foram alimentação e transporte. Foi alegado que conseguiríamos fazer refeições por uma média de 10 soles e que o táxi era extremamente barato. Ledo engano. Claro que dá pra comer por 10 soles: pão com manteiga. Uma refeição decente, com proteína, carboidrato e acompanhamento não saía por menos de 20 soles. Claro que se você achar tranquilo comer sanduíche todo dia, pode se jogar. O táxi também não era tão barato quanto parecia. Certamente é bem mais barato do que no Brasil, mas ao turistar grandes cidades você simplesmente não precisa de táxi. Cidades mais bem estruturadas do que Lima e Brasília contam com uma boa rede de metrô ou ônibus e isso é muito mais barato que táxi, veja bem. Gastávamos cerca de 40 soles (dividido por 2 pessoas) para ir e voltar para o Congresso todos os dias. Não nos arrependemos da escolha da localização do Hostel, que era em um lugar bonito, seguro, movimentado, em frente a um parque com atrações gratuitas de cultura nos fins de semana (e MUITOS gatos), com banco, supermercado e shopping próximos, bem como grande variedade de locais para comer (coisa que não vimos perto da Universidade). Algumas peças de artesanato eram baratas, outras não, com livre concorrência (atenção que os vendedores peruanos aceitam conversar sobre pechinchas). Lima é linda e estranha ao mesmo tempo. É uma cidade litorânea cinza, porém, quase nunca chove. Pegamos temperaturas em torno dos 10 graus e conseguimos bons casacos (que nos salvaram em Cusco) em liquidações de grandes lojas de departamentos. A comida peruana é deliciosa mas o fator econômico me impediu de experimentar muito (pobre de mim, achando que ia conseguir ir no quarto melhor restaurante do mundo que fica lá, o Central). Há várias atividades para fazer em Lima, um turismo bem interessante. Poupamos um pouco aí para gastar em Cusco, então só andamos pelos bairros de Miraflores e Barranco e conhecemos o complexo arqueológico mais famoso, o Huaca Pucllana (foto com cactus). De maneira geral, achei as cidades de Lima e Cusco muito limpas e nos locais que visitávamos, tinha sempre policiamento de ronda. Os peruanos são bem simpáticos e muito dispostos a ajudar. A curiosidade deles sobre nossa vida brasileira causou estranhamento no começo, um pouco de medo, mas parece ser só o jeito deles de se mostrar presente mesmo. Os locais mais turísticos são muito floridos e claro, as lhamas são incríveis.