quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Sobre Bicos de Pena








Como mencionei anteriormente, adquiri uma série de bicos de pena em minha viagem a Buenos Aires. Havia vários tipos à venda na Feira de Antiguidades, a maioria vinha embutida e fixa no suporte. Muitos deles com gravação da empresa a que serviam. Perguntei a um vendedor sobre a empresa, achando que ouviria uma grande história. Pobre criança. Nada ouvi.
Os bicos fixos em suportes eram mais caros, então optei pagar bem barato pelos avulsos em uma barraquinha. O vendedor mostrou uma caixa cheia deles. Precisei de paciência, espaço (para espalhá-los) e um olhar atento para escolher bicos diferentes sem correr o risco de trazer repetidos.
Fiquei maravilhada com a variedade de formatos e, principalmente, de fabricantes. Consegui reunir peças de pelo menos cinco países (com algum orgulho). Gostei muito das gravações dos bicos, então dei uma pesquisada na internet, com a esperança de ter encontrado alguma relíquia de organização secreta, que me daria pistas para encontrar um tesouro perdido. Para a minha tristeza, os nomes eram de meros fabricantes. Alguns deles existentes até hoje! São eles: Massag (não descobri se é um lugar ou fabricante), Alemanha (F. Soenneken Bonn, Rundschrift f, Heintze & Blanckertz), Estados Unidos, Inglaterra (London e Leonardt England) e LMSA (que certamente não é a Latino Medical Students Association). 
Teve um que estava até sujo de nanquim azul. Digo que objetos antigos não são só objetos. São histórias. Fico curiosa para saber a deles, será que haveria alguém vivo no mundo que pudesse me contar? :)


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A arte de Tia Mari - Diplomas

Conheci o trabalho da Tia Mari lá em 2004, quando minha diversão do fim de semana era ver o histórico de seu fotolog (lembra?), ouvir Beatles e pintar as paredes brancas do meu quarto. Hoje, aqueles desenhos não fazem mais sentido pra mim, mas o trabalho de Tia Mari continua a me comover, talvez de um jeito diferente. Foi vendo os diplomas "de-coisa-nenhuma" (como ela os intitula) que peguei gosto por caligrafia e bicos de pena. Demorei muito para investir nesse tipo de arte e entender como funciona. Felizmente minha ida a Buenos Aires foi um ótimo jeito de pegar gosto pela coisa.


Tia Mari tem uma galeria de arte em São Paulo, a Choque Cultural. Inaugurada em 2004, é palco de exposições de artistas consagrados e chance outros tantos até então desconhecidos mostrarem seu trabalho. O que fez com que eu me apaixonasse de cara pela Galeria, é sua pegada contemporânea e de street art.



Além de diplomas, Tia Mari também escreve diários enfeitadíssimos. Só mais um motivo pra gente se apaixonar.





Tia Mari usa além de bicos de pena com nanquim, adesivos, selos, embalagens, colagens e lacres (aquele carimbo em metal que é prensado em uma gota de cera de vela). Foi uma época em que descobri o gosto pela mistura de estilos e técnicas em uma só composição. Meu artista preferido era o Robert Rauschenberg, quem diria. Meu plano atual é treinar a caligrafia com os bicos de pena e fazer meu próprio diploma "de-coisa-nenhuma" para pendurar no meu quarto. :) Espero que vocês tenham gostado da Tia Mari e visitem a Choque em um próximo pulo pela Terra da Garoa!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Condomínio de Pássaros

Não posso deixar de compartilhar o projeto lindíssimo de Bruce Gilchrist e Jo Joelson, com detalhes divulgados pelo site Hypeness. Amo esse site, sempre mostrando projetos de fotografia incríveis. Simplesmente não me contive em mostrar esse que, aliás, não tem nada a ver com o blog...


Adivinha quem está morrendo de vontade de fazer um igual?? Será??

sábado, 9 de novembro de 2013

Parque Natural e Reserva Ecológica Costanera Sur

Nesse dia a gente alugou bicicletas e fomos conhecer essa reserva em Puerto Madero. Não é um passeio indispensável em Buenos Aires, mas eu gostei do espaço e das fotos que tirei.









quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Minha viagem a Buenos Aires em 10 fotos












Um pedacinho do pedacinho da Europa da América do Sul. :)

domingo, 3 de novembro de 2013

Argentina in a Jar


A primeira vez que eu vi essa coisa de guardar coisinhas em vidrinhos, foi no site da digníssima Martha Stewart. Vi esse link de "Vacation Memory Jars" e fiquei apaixonada. O projeto consiste em reunir pequenos objetos relacionados à sua vivência em algum lugar e distribuí-los harmoniosamente em um recipiente de vidro. É um jeito criativo e barato de juntar lembranças de uma viagem e ainda expor pela casa! Sempre fui louca por vidrinhos porque me lembravam alquimia e coisas misteriosas. Os objetos de vidro amados só foram mudando de forma ao longo dos anos. Agora estou na fase da cúpula. Mas isso é matéria para outro post...


Usei esse vidrinho lindo que é a embalagem de um iogurte bem gostoso que vende nos Starbucks de Buenos Aires. Eu vi, me apaixonei e levei (fora a parte de segurar com euforia e gritar mentalmente "nhoooom que coisinha mais linda cuti cuti quem é o vidrinho mais lindo? Quem é??). O recheio do meu vidrinho foi:

  • Bala mastigável dos Simpsons
  • Pequeno Príncipe esculpido em um palito de fósforo
  • Ponteira de bico de pena
  • Miniatura do Asterix
  • Passagem de metrô
  • Selo de Puma
  • Ímã

Em San Telmo, acontece uma feira de antiguidades todo o domingo. Encontrei um senhor que fazia esculturas em palitos de dentes. Já havia visto muitos como ele por aí. É um trabalho que eu acho lindíssimo, mas nunca tinha achado um tão incrível que valesse a pena comprar. Mas o trabalho dele me chamou muito a atenção pela complexidade. Ele realmente fazia peças muito difíceis. Fiquei em uma dúvida profunda se levaria o Pequeno Príncipe ou o Cozinheiro. Acabei levando esse. E não canso de admirar.


Trouxe essa miniatura do Asterix para o meu irmão. Também tinha do Obelix, de personagens diversos dos Star Wars, e figuras históricas. Ele é feito de metal e tem muito mais detalhes do que minha humilde fotografia foi capaz de captar. Adquiri na feira de artesanato da Recoleta, mas é possível encontrar em outros lugares também.


Essa foi a grande aquisição da viagem. Comprei várias ponteiras de bico de pena bem baratinho na feira de antiguidades de San Telmo. Coloquei um deles no vidrinho para representar a grande compra. Quero mostrar o resultado que cada bico produz em outro post. :)


Sempre à procura de coisas para colar no Travel Journal, me deparei com uma barraquinha que vendia todo o tipo de selos antigos e notas de dinheiro, de diversos países e momentos históricos. Alguns de grandes figuras políticas e assuntos temáticos (como as Olimpíadas). Meu pai colecionava selos quando criança, mas nunca tive semelhante paciência. Como eu gosto, de qualquer forma, levei duas cartelas. Essa, de figuras de animais e outra LINDA E MARAVILHOSA de passarinhos. Recomendo ficar alguns minutos numa barraquinha como essa, só namorando as mini imagens.


Essa balinha ilustra tanto as coisas gostosas que comi na viagem, como a visita à loja oficial da Arcor, o paraíso dos doces, com tubos de doces coloridos que iam até o teto. Essa foi a balinha que mais me chamou atenção, tanto pela temática como pelo formato. Nunca tinha visto nenhuma parecida aqui no Brasil. Além de tudo ela é bem gostosa e baratinha, devia ter comprado mais.


Por dentro ela tem duas cores, ó.


Esta lista eu fiz para me orientar, mas não faço questão de trazer uma coisa de cada do que está escrito. Estou em uma onda menos consumista da minha vida por uma série de questões, e fico pensando que alguns típicos souvenirs que trazemos de viagens são trambolhos que nunca usaremos e ficam ocupando espaço. Claro que esta é uma questão pessoal e que cabe a cada um julgar o que é ou não necessário para si. Eu, pessoalmente, gosto de trazer souvenirs pequenos e variados, que caibam dentro do meu Travel Journal (meu grande souvenir). Outros estão relacionados a outros projetos, que pretendo compartilhar em breve. O mais legal é que muitos deles você não precisa comprar. Também dá pra fazer um para entregar a alguém de presente. :)
Uma vez conheci pela televisão o trabalho de um artista que cata pedaços do lixo típico de cada cidade e vende, dentro de uma embalagem. É legal para pensar como a gente consegue revalorizar coisas comuns e como o significado de "lixo" é mutável. Imagina só uma grande exposição com vidros enormes de cada grande cidade do mundo. Seria um belo estudo antropológico, não? :D

Espero que essa idéia tenha servido de inspiração para alguém hoje! Hasta luego!