Conheci o trabalho da Tia Mari lá em 2004, quando minha diversão do fim de semana era ver o histórico de seu fotolog (lembra?), ouvir Beatles e pintar as paredes brancas do meu quarto. Hoje, aqueles desenhos não fazem mais sentido pra mim, mas o trabalho de Tia Mari continua a me comover, talvez de um jeito diferente. Foi vendo os diplomas "de-coisa-nenhuma" (como ela os intitula) que peguei gosto por caligrafia e bicos de pena. Demorei muito para investir nesse tipo de arte e entender como funciona. Felizmente minha ida a Buenos Aires foi um ótimo jeito de pegar gosto pela coisa.
Tia Mari tem uma galeria de arte em São Paulo, a Choque Cultural. Inaugurada em 2004, é palco de exposições de artistas consagrados e chance outros tantos até então desconhecidos mostrarem seu trabalho. O que fez com que eu me apaixonasse de cara pela Galeria, é sua pegada contemporânea e de street art.
Além de diplomas, Tia Mari também escreve diários enfeitadíssimos. Só mais um motivo pra gente se apaixonar.
Tia Mari usa além de bicos de pena com nanquim, adesivos, selos, embalagens, colagens e lacres (aquele carimbo em metal que é prensado em uma gota de cera de vela). Foi uma época em que descobri o gosto pela mistura de estilos e técnicas em uma só composição. Meu artista preferido era o Robert Rauschenberg, quem diria. Meu plano atual é treinar a caligrafia com os bicos de pena e fazer meu próprio diploma "de-coisa-nenhuma" para pendurar no meu quarto. :) Espero que vocês tenham gostado da Tia Mari e visitem a Choque em um próximo pulo pela Terra da Garoa!