segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Agenda / Organizador / Faz Tudo 2015



Andando pelos blogs mundo afora, conheci o ScrapBi por meio deste post, que fala sobre agendas do tipo fichário, as tais filofax, tilifax, fifofax etc. Já vi pra vender e até considerei, mas não faz meu estilo. Olhei bem pro blog dela, pra cara dela e pra agenda dela, depois pro meu caderninho THE DOG da Spiral (veja ele aqui), que eu usava como agenda e perguntei pra mim mesma "Por que, meu deus?". Existe algum motivo para eu, que faço cadernos personalizados pra absolutamente tudo, manter um caderninho de 2,50 de papelaria como ferramenta principal do dia a dia? E não tem, minha veia artística sentiu vergonha. Eu bati o olho no post da Gabi e disse "Chega. Isso vai mudar agora". Claro que por fazer vários cadernos, sempre tenho um pedaço de Paraná sobrando aqui em casa, mas qualquer papelão serve. Receita fácil: papelão + papel mais durinho pra acabamento + tesoura + cola + retalho de tecido. Se quiser saber como eu fiz minha agendinha, clique aqui!


Eu usei agenda por muitos anos, principalmente na época de escola e elas eram boas aliadas. Mas eu ficava chateada com o fato de vários dias ficarem absolutamente em branco, enquanto outros eram pequenos pra anotar a quantidade de tarefas e coisas pra fazer. Então, quando entrei pra faculdade, comprei um caderninho pequeno baratinho que usava como agenda, anotando absolutamente tudo misturado e deu certo durante toda a minha graduação.


Já hoje, querendo uma coisa mais artística, trouxe o que já estava fazendo em desenho para o dia-a-dia. E já tinha tudo em casa, não precisei comprar NADA. Peguei um antigo caderno de rascunho (aquelas sobrinhas que a gente não usa) e fui em uma papelaria (dei sorte!) que tinha uma guilhotina industrial. Acho que qualquer papelaria que faz encadernação de monografias tem uma dessas. Se não, você pode procurar uma gráfica ou cortar tudo na mão mesmo, a bunda não cai. Depois furei todas as folhas à mão e usei pra rechear a agendinha. Para as divisórias, usei pedacinhos de papel de scrapbook que estavam sobrando aqui. Eu nunca jogo nenhum pedacinho de papel de scrap fora porque eles sempre têm utilidade (principalmente tags pra presentes). No fim das contas, juntei agenda com planner, organizador, sketchbook e virou esse samba do criolo doido.



As categorias que usei foram: 

  • Info: informações gerais que não posso deixar de lembrar, como os desodorantes dos quais sou alérgica, telefone e endereço do veterinário, números dos apartamentos das minhas amigas (que sempre esqueço), minha zona eleitoral, hospitais que aceitam meu plano e seus telefones, vacinas que já tomei/preciso tomar, e-mails importantes de professores, senhas de sites que só acessamos uma vez na vida, músicas que preciso baixar, livros que preciso ler, filmes que preciso assistir e milhares de informações que acho importante guardar comigo.











  • Agenda: Basicamente lista de compromissos e TO DO lists. Dividi por meses, mas não por dias, para ter a liberdade de anotar só quando for necessário e a quantidade que for preciso. O bom do fichário é que você pode acrescentar informações no meio, como notas fiscais importantes de guardar e outras coisas (como essa frase de incentivo de papel de scrap). Separado assim fica bem melhor do que procurar em todo o caderno "Onde tava o endereço daquele médico da minha consulta de hoje?".





  • Blog: categoria de idéias de posts para o blog. No meu caderninho Spiral furreca eu já tinha essa divisória marcada com um post it e é mesmo muito útil. Mas vira e mexe faltava ou sobrava páginas e assim é bem mais prático, principalmente para anotar aquelas idéias que surgem na fila do banco ou outros momentos aleatórios. Vou direto na categoria, não preciso ficar procurando na agenda depois.




  • Receitas: Essa claro, só pra quem gosta e é bem pessoal pra mim. Eu assisto muitos programas de culinária na TV e às vezes o(a) apresentador(a) fala bem rápido os ingredientes de uma receita incrível, aí eu anoto rapidinho e tento fazer em casa (na maioria das vezes, não haha). Também tinha no meu caderninho fuleiro com uma lista de receitas para testar.




  • Arte: esse eu uso muito, é basicamente uma lista de projetos e vira e mexe tem uma técnica ou idéia que quero desenvolver, uma marca de material que gostaria de comprar, etc.




  • Sketches: não tenho mais desculpa pra não desenhar na rua, nos momentos de tédio. O modelo fichário permite colocar uma série de tipos de folhas diferentes, como a básica de impressão, Canson, cartolina, craft, o que você quiser. Fiz esse caderno estrategicamente do mesmo tamanho do meu mini sketchbook, para transferir os desenhos de um para o outro.



Bolsinho porta-treco: que não é uma categoria, só um saquinho do tipo Ziplock bem antigo da TAM, que provavelmente veio uma escova de dentes dentro. Furei e coloquei na minha agenda. <3


Adesivinhos para decorar, arrancado de cadernos antigos e adaptado para fichário com um retalhinho de papel. O potencial de reutilização de um modelo fichário é infinito. Você pode colocar e tirar coisas à sua vontade, também o miolo com os conteúdos, inserir novas tags sem precisar rasgar nada, pra mim é perfeito.


Post its salva vidas!


Ufa! Falei demais ahn? Adorei como ficou :) que venha 2015!

Se você quiser ver um post bem legal sobre caderno de organização, pode ver esse post da Beebs, que me apresentou o conceito!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Caixa de Receitas Ilustradas


Olá! Como prometido, vim mostrar a caixinha das receitas ilustradas e como eu fiz (nada muito difícil, só o básico de pintura em MDF). Os materiais que usei foram:
  • Uma caixa de MDF
  • Base para artesanato
  • Tintas branca, marrom, azul clara e dourada
  • Lixa
  • Pincel, rolinho de espuma e escova de dentes velha
  • Verniz




Essa caixa que eu escolhi veio com uma alça que preferi tirar, por isso os furinhos. Deixei eles pra lá, aparecendo mesmo.


A primeira coisa a fazer é lixar toda a peça, por dentro e por fora.



Depois é necessário aplicar base de artesanato por dentro e por fora. Apliquei duas camadas e lixei de novo. Fiz com pincel, mas na próxima vai ser com rolinho pra não ficar com marquinhas.


Vai ficar assim.


Por dentro, eu pintei de azul claro, um dos meus tons preferidos. Usei duas camadas e gostei bastante do contraste. Por fora, fiz pátina: passei três camadas de tinta branca, esperei secar. Melei a escova de dentes na tinta marrom e passei em alguns pontos da caixa, para dar uma impressão de desgaste. Por cima, adicionei o dourado em alguns pontos. Depois de tudo seco, passei verniz.



E ficou assim! Passei um palitinho na fechadura para tirar o excesso de tinta branca que pintei por engano. Gostei muito do resultado! A meta agora é encher de receitas e dividir as categorias!

É isso aí ;)

sábado, 10 de janeiro de 2015

Receitas ilustradas









Essas são as receitas ilustradas do meu projetinho pessoal. Passei muito tempo procurando o modelo certo de livro de receitas e acabei desistindo de todos os que eu fiz. Já usei fichário e caderno, mas ainda não tinha tentado o modelo fichas. É um jeito excelente de misturar receitas com ilustrações de aquarela. Essas vão ficar armazenadas em uma linda caixinha (no bom estilo Ratatouille), que espero mostrar na semana que vem. Espero que tenha servido de inspiração! :)

domingo, 4 de janeiro de 2015

Filmes do Ano 2014

Uma lição de vida, 2010.

Antes tarde que mais tarde, apresento-lhes a retrospectiva de filmes 2014 que eu assisti no cinema (muitos deles já concorreram ao Oscar). A idéia era reproduzir o que fiz em 2013 e fazer uma ilustração para cada filme que assisti, mas acabei não fazendo. Quem sabe se torna meta para 2015?
Estou feliz porque fui mais ao cinema em 2014 (até menos do que gostaria) e espero manter o mesmo ritmo em 2015 (se conseguir prolongar a carteirinha de estudante...). Sem mais delongas (em ordem que foram assistidos):

1.  Vovô Sem Vergonha (-----) : É uma porcaria, não acredito que assisti. Achei que era uma simples comédia americana mas logo que começou, percebi que era uma produção nada brilhante do famigerado Jackass. Não deu pra pegar o dinheiro de volta.
2. O Corpo que Cai (****-): Eu nunca tinha visto nenhum filme do Hitchcock (shame on me) e gostei bastante. Tem várias surpresas e é pano de fundo para debater Psicopatologia, recomendo bastante.
3. Álbum de Família (*****): Rendeu mais uma merecida indicação ao Oscar a Meryl Streep (que mulher incrível), Julia Roberts também se destaca. Gostei muito da história e dá pra fazer várias análises sobre sistemas famíliares e conceitos da Psicologia Familiar como segredo, legado, etc. Acredito que não tem como não ter pelo menos algum tipo de identificação com um personagem ou situação, faz lembrar dos vários dilemas que todas as famílias têm.
4. Ninfomaníaca 1 e 2 (****-): Se você vai  ver esse filme para curtir uma pornografia aberta ao público do cinema, pense de novo. Lars Von Trier nesse filme não é ninguém menos... que ele mesmo. Cheio de reflexões acerca de moralidade, normalidade, pulsões, desejo, psicanálise, pathos, permeados pelo lençol frio e fúnebre do diretor. Recomendo pra quem tem cabeça aberta.
5. Feito Gente Grande (*****): Na verdade de 2011, um filme francês com o olhar da infância sobre a infância. Classificado como comédia, mas com um toque de drama. Adoro a sutileza das comédias francesas. Veria de novo e de novo e de novo.
6. Blue Jasmine (*****): Mais uma brilhante obra de Woody Allen, rendeu o merecido Oscar de melhor atriz a Cate Blanchett. Mais uma obra introspectiva, que olha de perto dilemas e subjetividades, sem foco em grandes acontecimentos ou aventuras, e sim na aventura mais intrigante de todas: a experiência humana. A história se trata de uma mulher da high society americana que se vê falida no mundo real. Penso que talvez (só talvez), quem não goste de Woody Allen não consegue refletir sobre suas próprias questões angustiantes.
7. A Menina que Roubava Livros (*****): Dizem que o livro é melhor e assistir ao filme só me deu mais vontade de ler. Assim que eu me livrar das minhas obrigações acadêmicas, será o primeiro livro literário que vou ler (estrategicamente dei de presente ao meu pai, hoho). Achei a história mágica, mesmo que simples. Não tem jeito, bota criança no meio, mexe comigo. Estou ansiosa pelas descrições que o livro traz.
8. Trapaça (*-----): Não me atraiu pelo roteiro, nem por grandes atuações, achei relativamente previsível e ligeiramente pobre. Não veria de novo.
9. Caçadores de Obras Primas (***--): Gostei pelo conteúdo do filme em si e consegui me imaginar na história, compartilhei dos mesmo sentimentos que os personagens, mas de maneira geral, é pouco profundo, como muitos dos clássicos Hollywoodianos. E claro que puxa muita sardinha para os Estados Unidos, com alfinetadas de poder em outros países, o que na minha opinião, é totalmente dispensável.
10. 300 (***--): Claro que se você não gosta de temas épicos, não vai gostar deste. Eu gostei bastante, achei a fotografia muito bonita como no primeiro e me envolvi com a história, principalmente pela identificação com personagens femininas que fogem do "chick girls"(mulherzinha).
11. Ela (*****): Perfeito. Simplesmente perfeito. Aborda com profundidade a relação homem - máquina, tecnologias, virtualidades. Não digo mais nada, assista!
12. X-men: dias de um futuro esquecido (***--): Se há uma "saga" pela qual eu tenho uma queda enorme, é X-men. O que eu posso dizer? Não tem como não falar bem, eu simplesmente adoro. Mesmo se fosse ruim, eu adoraria de qualquer forma. Sem grandes reflexões aqui.
13. Malévola (***--): Foi um filme extremamente aguardado por mim e acredito que seja bastante surpreendente. Faz refletir sobre o bem e o mal, as glórias e mazelas de cada um de nós e tem uma personagem feminina bastante forte (e outra bastante pamonha, claro). Acredito ser uma versão ótima para estimular reflexões com crianças (desde que elas não tenham medo, claro).
14. A Culpa é das Estrelas (***--): Se não tivesse um contexto muito específico na minha vida, seria um filme relativamente mais ou menos. Como pra mim, especialmente, tem um grande impacto, posso dizer que gostei muito (já adquiri o dvd e revi várias vezes). Li o livro e achei o filme muito melhor. Esses livros adolescentes me incomodam um pouco (talvez bastante) por fazerem grandes tempestades por vivências muito simples (as coisas não acontecem, são eventos), e o filme não se atém a isso (ainda bem). A história realmente faz refletir acerca da efemeridade da vida, mas não consegue fugir do modelo "príncipe encantado".
15. Enigma Chinês (****-): Continuação de Albergue Espanhol e Bonecas Russas, conta a história de um casal (ele francês, ela inglesa) que se separa e se muda para NY, onde o ex-marido vive em um bairro chinês que o faz refletir acerca de sua posição no mundo, futuro e carreira profissional, bem como a relação com seus filhos. Pouco romantizado, bastante engraçado (é francês, tenho uma queda).
16. Tarja Branca (****-): Documentário brasileiro sobre o brincar. Impecável. Só não ganha 5 estrelas por faltar o que para mim, é uma parte importantíssima do debate: a opinião das crianças.
17. Chef (**---): Fala sobre dois temas que me agradam profundamente: a gastronomia e uma grande reviravolta na vida. A história é basicamente sobre um chef que trabalha em um renomado restaurante e tem ao tempo todo sua criatividade podada pelo dono. Incapaz de exercer sua individualidade na cozinha, o chef se revolta e pede demissão para abrir um food truck (oi hipsters) e viajar pelo país espalhando seu trabalho. A parte mais interessante e menos previsível, não é exatamente foco do filme: sua relação com seu filho pequeno. Claro que como bom Hollywoodiano, o chef tem muito dinheiro e recursos psicológicos pra tirar de letra esse novo trabalho (pouco realista).
18. Uma Lição de Vida (************************!!!): na minha humilde opinião, o melhor filme que assisti em 2014 (apesar de ele ser de 2010, demorou pra chegar às nossas telas).Trata-se de um senhor (Kimani Maruge) de 84 anos que tem o sonho de aprender a ler e a escrever e para tanto, entra em uma turma de alfabetização com crianças de 6 anos. Em um contexto de grande privação econômica e conflitos políticos e culturais do Quênia, ele se depara com uma série de obstáculos dos mais variados nessa jornada, mas não se deixa abater e prossegue com seu sonho. O final é surpreendente e emocionante, talvez ainda mais porque se trata de uma história verídica e que o autêntico Kimani Maruge foi dar uma palestra na ONU a respeito da importância da educação. Perfeito.
19. Jogos Vorazes 2 (****-): Achei que não ia mais ver graça nenhuma em sagas adolescentes, mas o segundo filme me surpreendeu positivamente. Ele é muito mais do que uma saga. Tem questões políticas e ideológicas fortíssimas e que geram muita reflexão, dá pra escrever um livro inteiro relacionando o enredo com história, política, filosofia, sociologia e por aí vai. Não acho que seja só mais um e aguardo ansiosa pelo terceiro. Claro que a gente se delicia com a nova queridinha da américa, Jennifer Lawrence.
20. Como Matar meu Chefe 2 (**---): Bom pra dar umas risadinhas. Às vezes a gente precisa de um besteirol pra relaxar.